O pavilhão João Corrêa, junto ao campo da feira do Cadaval, volta a ser palco deste apreciado certame, onde a homenagem às tradições rurais se associa à divulgação e dinamização económica.
A Festa das Adiafas mantém os moldes do ano transato, no que toca ao seu formato e tipo de oferta proporcionada.
No entanto, ao longo dos anos, o espaço do certame tem sofrido melhorias contínuas, a pensar no seu crescimento e comodidade dos visitantes e demais intervenientes. Se, no ano passado, o Município resolveu a situação acústica do pavilhão principal, este ano levou a cabo a remodelação total do piso do pavilhão de exposições.
Um programa recheado de bons motivos de visita
Destaque-se, na atual edição, a realização da eleição da Miss Adiafas 2019 no último domingo à noite, em vez de decorrer no arranque do certame, como em anos anteriores.
De realçar também, no sábado inaugural da festa, a presença do programa de televisão da TVI “Juntos em Festa”, a emitir diretamente, ao longo de toda a tarde, a partir do recinto do certame cadavalense.
A gastronomia, grande enfoque e motivo de visita de muitos convivas, voltará a ser conduzida por associações do Concelho, no total de sete tasquinhas e seis espaços de restauração.
Os mesmos voltarão a incluir, nas suas ementas, diversos pratos e petiscos típicos, onde até o ingrediente “Pera Rocha do Oeste” costuma ser incluído, em especial na doçaria presente. O pavilhão gastronómico juntará cerca de 200 voluntários, a trabalhar durante os nove dias da festa.
Adentro da animação, os espetáculos noturnos de palco contarão com diferentes propostas, destacando-se, no dia 19, a atuação da Banda Omega; dia 20, “Revista no Coração” pelo Grupo Gente Gira; dia 21, Rosinha e bailarinas; dia 22, Léo & Leonardo e bailarinas; dia 23, Concerto “Banda de Pragança convida Raquel Coelho e Domingos Peneda”; dia 24, atuação da fadista cadavalense Cláudia Picado; dia 25, David Antunes & The Midnight Band; dia 26, Banda Xeques Orquestra, e dia 27, Eleição da Miss Adiafas (apresentação por José Figueiras).
Os espaços de exposição (interno e externo) irão congregar perto de meia centena de participantes, desde artesanato, vinicultura, passando por representações do tecido empresarial e institucional da região.
Na área vitivinícola, a Festa das Adiafas contempla o designado “Festival Nacional do Vinho Leve”, que conta com a participação anual de diversas adegas da região, com prova e venda das respetivas gamas de Vinho Leve – bebida de baixo teor alcoólico, frutada e muito apreciada dentro e fora de portas.
A este nível, destaque-se, na noite de dia 20, a cerimónia de entrega dos prémios do Concurso de Vinhos Leves da Região de Lisboa, que este ano atinge a 9ª edição, numa parceria da Câmara Municipal do Cadaval com a Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVRL).
O setor produtivo marca, anualmente, presença através de colóquios e conferências técnicas (ver programa), abertos ao público interessado, sobre temáticas de utilidade agrícola e de fomento da economia rural, a decorrerem no recinto do certame, em articulação com diversos parceiros locais.
Este ano, a Câmara Municipal, preocupada com a sinistralidade com máquinas agrícolas, nomeadamente relativa a tratores, volta a promover uma sessão de sensibilização sobre esta temática.
A animação incluirá, além dos suprarreferidos espetáculos, a realização de atividades equestres, entre outras de cariz lúdico, tais como a Caminhada das Adiafas, no dia 20, ou o Passeio Equestre, no dia 27 (informações e inscrições abertas, gratuitamente, no site municipal).
A abertura do certame, restaurantes e tasquinhas acontecerá, aos sábados e domingos, pelas 12h30, sendo que durante a semana a mesma acontecerá pelas 19h30.
De 19 a 27 de outubro, venha ao Cadaval brindar ao final das colheitas!
Adiafas: Das origens à atualidade
O termo “adiafa” significa o tradicional banquete que os antigos proprietários vinhateiros ofereciam, aos seus trabalhadores, no fim de cada ano de campanha, para festejar o final das colheitas ou agraciar o ano agrícola. A passagem para o plural do termo, em 2002, por parte do Município, destinou-se a abarcar a celebração de outras “adiafas”, nomeadamente a da colheita frutícola, a par das restantes vertentes da economia local.
O âmbito do certame cresceu, sendo que, anualmente, são muitos os participantes empenhados em mostrar a sua oferta produtiva, seja ela de que índole for, totalizando anualmente cerca de 60 presenças no conjunto dos espaços de exposições e do pavilhão gastronómico.
A fruticultura e a vitivinicultura continuam a ser os pilares fundamentais desta peculiar festa, sendo especialmente representadas pela Pera Rocha do Oeste e pelo Vinho Leve da Região de Lisboa, dos quais o Cadaval é um exímio representante, ocupando lugar cimeiro na produção, comercialização e exportação.